Assistimos a uma evolução notável das Escolas de Verificação Ambiental (EVA), traduzida na reflexão e síntese da sua experiência diversificada, na elaboração de um conceito teórico mais coerente e preciso, assim como na multiplicação de novas iniciativas, traduzidas num envolvimento acrescido do número de alunos na “vida” das EVA.
Carlos Schwarz, diretor executivo da AD, acaba de publicar O pensamento de Cabral (Português) e Amílcar Cabral – an agronomer before his time (Inglês).
Veja a página da AD que aborda Amílcar Cabral enquanto agrónomo, clicando aqui.
A Associação portuguesa AJUDA AMIGA doou ao Centro de Formação Rural de S.Domingos (CENFOR) um conjunto de 40 excelentes cadeiras escolares que irão ser utilizadas na unidade de formação de agricultores daquela zona do país.
Esta unidade está a ser construída e até ao final do ano estará em pleno funcionamento.
A AD acaba de publicar no seu site os seguintes relatórios:
A AD realiza esta sexta-feira, 1 de Fevereiro de 2013, a sua décima oitava Assembleia Geral, que vai juntar todos os sócios desta ONG guineense para analisarem o relatório de actividades durante os três últimos anos.
Discutir da situação administrativa e financeira e eleger uma nova direcção para o biénio 2013-2014.
Os desafios a que a ONG se engajou para o ano 2013 centram-se essencialmente na cultura:
- Realização do segundo acampamento das EVA;
- Realização do simpósio Amilcar Cabral em parceria com a ONG belga SolSoc;
- Reforço da cooperação transfronteiriça, promovendo intercâmbio, cultural e desportivo com os parceiros da Guiné Conacri;
- Consolidação da sua intervenção no eixo Guiledje-Cacine, através da valorização histórica do antigo quartel de Gadamael-Porto;
- Dinamização do estúdio BISSOM para servir na coleta de músicas tradicionais e na valorização de jovens cantores
Promovido pela UICN e organizado pela AD, realizou-se em S.Domingos uma grande jornada sobre o Mangal, as suas potencialidades, a sua preservação e a importância que tem para a segurança alimental da população local.
Nela participaram alunos e professores das Escolas EVA (Escolas de Verificação Ambiental), pais, agricultores, carvoeiros, régulos, “homens grandes”, mulheres e técnicos da AD e do PNTC.
Esta Jornada incluiu visitas ao terreno, às zonas repovoadas e a uma sessão em sala para discussão sobre os grandes desafios do Mangal.Ver as fotos
No âmbito do projeto “O Percurso dos Quilombolas“, o Instituto Marquês de Valle-Flôr enviou à Guiné-Bissau o nosso colaborador do Instituto Politécnico de Leiria Filipe Santos, para dar formação a professores sobre algum material pedagógico produzido no âmbito deste projeto. Este material têm a forma de um kit de recursos educativos, onde se conta o documentário Kilombos e um software educativo sobre a história e cultura Quilombola. o Projeto teve o financiamento da UE e apoio da Cooperação Portuguesa.
A AD, parceira deste projeto, reuniu professores para esta formação, tendo assistido 36 professores do ensino básico e secundário, na cidade de S. Domingos, e 33 professores na cidade de Bissau. A formação em Bissau contou também com a presença de guias turísticos, dinamizadores culturais e um secretário da Câmara de Cacheu com o objetivo de promover um outro projeto relacionado, o de “Cacheu, Caminho de Escravos“.
Aproveitou-se a estadia deste colaborador para dar uma formação de Microsoft Excel aos funcionários da AD e uma formação sobre “Construção de Sites em WordPress” que poderá ser, em breve, uma nova aposta de curso para a Escola de Artes e Ofícios.
Este ano, no dia 20 de Janeiro, assinala-se o 40º aniversário do primeiro assassinato de Cabral, em Conakry.
Depois destes anos todos, os dados são mais claros, conhecendo-se muito melhor os organizadores, os mandantes e os coniventes, já que os executores nunca houve dúvidas sobre eles.
Embora haja quem persista em considerar, ao mesmo nível, a eventualidade da implicação de três organizadores: Spínola, Sekou Touré e alguns dirigentes do PAIGC, cada vez fica mais evidente que o principal organizador foi Spínola, que obteve aí a sua única vitória na vida.
Não foi uma vitória militar, porque ele nunca a teve, mas sim política. O ponto mais forte e simultaneamente mais fraco da Luta, era o da “unidade Guiné-Cabo Verde”. Ele conseguiu jogar essa cartada e mobilizar para a sua causa, militantes politica e mentalmente pouco preparados, predispostos para a traição e com uma ambição desmedida.
No 14 de Novembro, Cabral volta a ser assassinado no golpe de estado dirigido por Nino Vieira. Se durante 3 dias não se falou de PAIGC, já de Cabral então foi o silêncio completo durante longos anos.
Hoje, golpistas e seus mentores, voltam a agitar a bandeira de Amílcar Cabral, dizendo-se seus verdadeiros continuadores. Mas, porque nunca perceberam nem entenderam o pensamento de Cabral, falam do Cabral morto, não das suas ideias, posições políticas e opções ideológicas.
Saberão eles que Cabral recusou, no início da luta, deslocar-se à Argélia após o golpe de estado que derrubou Bem Bela, porque não pactuava com estes métodos?
Conta o jornalista-cronista francês, Gérard Chaliand, que acompanhou e divulgou a Luta de Libertação da Guiné-Bissau, no seu livro de memórias “A ponta da navalha” que quando disseram a Nelson Mandela “tu és o maior”, este respondeu com toda a simplicidade “não, o maior é Cabral”.
Quarenta anos depois, a AD partilha com todos um ensaio sobre o pensamento agronómico de Amílcar Cabral, “Um agrónomo antes do seu tempo”.
É o nosso pequeno contributo.
Leia o Documento: O pensamento de Cabral
Com total impunidade uma empresa (?) chinesa percorre sistematicamente as Matas na periferia e no Parque Nacional de Cantanhez, abatendo indiscriminadamente espécies florestais, algumas delas raras, para as exportar sob a forma de toros, o que também é ilegal.
A população de Colbuiá, no setor de Quebo, perante a indiferença e desinteresse dos serviços florestais, levantou-se em pé de guerra contra este atentado e roubo dos seus recursos ambientais.